Um navio retorna de uma intensa batalha pelas costas gregas. Uma mulher observa o contorno do Peloponeso na penumbra do crepúsculo. É a jovem Helena, oferecida pelo pai ao conquistador Menelau para garantir a paz e sobrevivência de seu povo. Uma fatídica decisão que seria carregada de tristeza e tragédia, porque Helena começa a buscar nos braços de outros aquilo que lhe fora negado. Numa narrativa lírica e original, esta obra traz a versão de Helena da história lendária que é conhecida em todo o mundo. A disputa que originou a guerra de Troia. De sua infância em Esparta aos anos turbulentos de sua união com Menelau e a fuga com Páris e todas as suas consequências. A vida de uma mulher que estava destinada ao poder, mas era movida a paixão e seu amor provocou uma das guerras mais famosas de todos os tempos.
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“Helena é meu nome, mas posso ouvi-los me chamando de adúltera nas minhas costas. Eu nasci em Esparta, mas fui embora para Troia, por amor. Eles costumavam dizer que eu era a mulher mais bonita do mundo e viviam julgando o quão pouco ganhei e o quanto perdi depois que fugi, mas eles não estavam lá depois de tudo o que passei. Eu estava.” [orelha do livro]
A história da batalha de Troia sempre me chamou atenção, muitas versões foram contadas em filmes e livros e mesmo já conhecendo seu desfecho sempre me vejo ansiosa por conhecer mais uma visão dessa história. Nesse livro vemos somente a visão de Helena dos fatos desde parte de sua infância até o fim. Sua visão das pessoas que passaram por vida, suas decisões, seus erros e as consequências disso.
O livro é dividido em duas partes, a primeira passada em Esparta e a segunda em Troia. Gostei particularmente da parte passada em Esparta, pois para mim foi interessante conhecer aspectos da vida de Helena em sua terra natal, a inveja e cobiça que sempre a cercaram desde criança e como sempre foi uma mulher de atitudes fortes, embora em alguns momentos tenha esmorecido.
A forma como foi lançada à vida sexual precocemente e como as alianças políticas de seu pai destruiu todos os sonhos de menina que ainda nutria, a partir daí sua vida tomou rumos que não pôde controlar e Helena entrou em uma espiral de autodestruição.
A eterna fama de Helena de Troia, a inconstante e despudorada, amante de vários homens, que abandonou a vida que conhecia e partiu rumo ao desconhecido. A história sempre nos mostrou uma Helena forte, cuja paixão derrubou um reino, nesse livro conhecemos os fantasmas que perseguiram Helena, seus medos, suas pequenas conquistas, seus amores perdidos e conseguimos se não aceitar suas decisões, pelo menos entender.
Helena de Troia é um livro bem curto, terminei a leitura de um dia pro outro, não é uma leitura emocionante e cheia de lutas, sangue... afinal, estamos vendo a história no ponto de vista de Helena, que viu a maioria dos acontecimentos protegida atrás dos muros de Troia. O que me incomodou um pouco durante o livro foi justamente a narração em primeira pessoa, em alguns momentos teria sido interessante ver Helena sob a visão de outro personagem.
A capa foi algo que me fez decidir sobre a escolha do livro do mês pela parceria com a Lua de Papel, acho que retrata bem Helena, a sensualidade e o mistério envoltos nessa mulher de carne e osso que acima de tudo tentou encontrar a felicidade.
" – Helena – disse eu baixinho – Helena... – Viria um tempo em que eu odiaria meu nome. Mas naquela noite era tudo o que eu era." Pág 25
"Eu sou de pedra. Ele me apertara, sim, contra seu corpo, e eu não reagira, mas decerto ele sentira a repulsa em meus músculos tesos e duros. Eu não queria, não. Podia ter pena dele. Podia ser gentil, até que um ódio silencioso me queimasse nas veias. Mas não podia fingir, não assim." Pág 52
Bjokas!!!
Sempre me fascinou também Helena de troia e toda a guerra ao redor dela.. e sempre leio/assisto uma historia diferente.
ResponderExcluirA tua resenha foi bem interessante, quero ler esse livro, parece ser bom, apesar de alguns detalhes.