"12 de Junho de 1942 - 1° de Agosto de 1944. Ao longo deste período, a jovem Anne Frank escreveu em seu diário toda a tensão que a família Frank sofreu durante a Segunda Guerra Mundial. Ao fim de muitos dias de silêncio e medo aterrorizante, eles foram descobertos pelos nazistas e deportados para campos de concentração. Anne inicialmente segue para Auschwitz e mais tarde para Bergen-belsen."
"9 de Julho de 1942.
Querido diário, já que seremos grandes amigos, começarei contando tudo sobre mim.
Meu nome é Anne Frank. Tenho 13 anos de idade, nasci na Alemanha mais como minha família é Judia, imigramos para a Holanda quando Hitler chegou ao poder.
Tudo correu bem até chegarem à guerra e a ocupação alemã. As coisas ficaram muito ruins para os judeus...."
A jovem Annele Frank de apenas 13 anos de idade viu sua infância e sua vida ser drasticamente mudada com a chegada de Hitler ao poder, mesmo sendo alemã, por sua família ser Judia foram incluídos na caça as bruxas que foi essa época...
Acordada as pressas por seu pai às 5 da manhã foi instruída a vestir quantas peças de roupa conseguisse, pois precisariam fugir imediatamente para um esconderijo.
Esse esconderijo localizava-se em um prédio onde funciona uma velha fábrica de temperos e das 8 da manhã às 6 da tarde todos que estavam nesse esconderijo não poderiam fazer nenhum tipo de ruído, só poderiam se movimentar em casos estritamente necessários e ainda sim de meias, não podiam usar a água nem da pia nem do sanitário durante esse horário e nenhum tipo de lixo que eles produzissem nem mesmo uma casca de batata poderia ser jogado fora, para não levantar suspeitas.
O Sr. Kraler e sua filha Miep era quem os havia escondido ali e cuidava para que eles recebessem alimentos entre outras coisas que precisariam para sobreviver.
O principal passatempo de Anne era a leitura, chegava a devorar um livro em uma única tarde, foi quando seu pai lhe presenteou com um diário, o primeiro diário de Anne. Seu pai constantemente tentava animar Anne dizendo que ela poderia deixar de fazer as coisas que ela odiava fazer mais era imposta. Como por exemplo deixar de aprender piano ou usar as polainas que sua mãe a obrigava.
“É uma idéia estranha alguém como eu ter um diário. Não só porque nunca fiz isso antes, mas porque me parece que assim como eu, ninguém estará interessado nos desabafos de uma menina de treze anos. Mas o que isso importa? Eu quero escrever, além disso quero trazer à tona tudo que está no fundo do meu coração.”
Nesse esconderijo estão Anne, seu pai, sua mãe e irmã e mais uma família com 3 pessoas, entre eles Petter que é um garoto de 16 anos anti-social e que a cada dia parece mais e mais insuportável para Anne.
Margot sua irmã parece ter se interessado em Peter e a recíproca é a mesma, mas Anne ainda é muito jovem e não consegue ainda identificar essa afinidade entre os dois.
Além do lugar onde eles estão ser pequeno demais para 7 pessoas o alimento fica cada vez mais escasso, ainda mais após o Sr. Kraler levar mais uma pessoa para ser abrigada junto com eles.
“Quinta-Feira, 29 de Outubro de 1942.
O Sr. Dussel e eu brigamos feio ontem. Sim, o Sr. Dussel.
Segundo ele, está tudo errado comigo. Eu repito: Tudo.
Enquanto ele falava eu pensei: “Algum dia vou bater tanto em você que sairá voando pelo teto!”
Por que todo adulto acha que sabe como educar crianças? Principalmente aqueles que não tem filhos.”
É terrível a forma como essa menina narra os acontecimentos da Guerra, enquanto em momentos podemos perceber que é uma criança de treze escrevendo seu diário, em outros somos impactados com a realidade dura a que esta menina foi imposta, é quando percebemos que uma parte grande de sua infância foi perdida.
“Sábado, 1.º de Janeiro de 1944.
Outro ano começou e continuamos em nosso esconderijo, estamos aqui a um ano cinco meses e 25 dias.
Um de nós partiu, Mouschi fugiu, estamos todos mais magros. As discussões dos Van Daan estão mais violentas do que nunca.
Mamãe continua não me entendendo. Mas eu também não a entendo. Mas houve uma grande mudança, dentro de mim.
Li em algum lugar que meninas da minha idade não são muito seguras de si, elas se tornam quietas e começam a pensar no milagre que está ocorrendo em seus corpos.
Acho maravilhoso o que está acontecendo comigo, não apenas por fora, mas por dentro também. Cada vez que acontece, sinto que tenho um lindo segredo, e espero ansiosa sentir isso dentro de mim outra vez.”
Essa não é apenas uma história inventada pela cabeça de algum escritor, infelizmente, todos os relatos contidos nesse livro são as experiências e emoções sentidas por uma adolescente de apenas 13 anos.
Eu li esse livro quando eu tinha aproximadamente 15 anos e foi com certeza a obra que mais me marcou e influenciou minha formação, hoje tive a oportunidade de reler e relembrar trechos que há muito haviam sido esquecidos, e ver novas perspectivas em uma outra fase da minha vida, me fez ver essa obra de forma diferente, mais amadurecida. É muito interessante você parar e lembrar o que você sentiu anos atrás e comparar com o hoje.
Bjokas!!!
Sempre quis ler esse livro, até pedi uma vez de presente de natal para meu pai, só que ele não achou :(. Mais pretendo ler, sempre ouvi falar bem. Sem contar que é uma obra verossímil, então podemos ter a certeza que ira nos tocar de alguma forma. Sei que esse é um livro que se destaca muito entre os que tratam do tema da segunda guerra mundial, mais precisamente o holocausto, mesmo que doa, é importante ser lembrando, para que fantasmas como esses não voltem a rondar o mundo novamente.
ResponderExcluirVivi, essa livro é muito famoso e mesmo assim, nunca li. Sua resenha ficou ótima, e quem sabe agora animo, né?
ResponderExcluirVivi a resenha ta ótima a história me parece incrível me fez lembrar do livro A menina que roubava livros não sei se tenho razão mas pela sua resenha me fez lembrar!
ResponderExcluirBueno esse livro sempre na lista de leitura.... mas ainda não deu para ler! Oo
ResponderExcluirLivro perfeito, que tb li qd era bem mais nova. Vc me deixou na vontade de fazer uma releitura, pena que não o tenho aqui =/
ResponderExcluirBjs,
Kel - It Cultura
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Esse livro é profundo demais, uma realidade nua e crua de coisas que aconteceram no tempo das guerras! Eu li e adorei apesar de ser uma triste história, tem partes da vida de Anne que são até engraçadas né, infelizmente o fim de tudo foi muito horrivel! Bjo Vi, adorei a resenha!
ResponderExcluirOla
ResponderExcluirEsse foi o melhor diário que eu já li, um dia eu sonho conhecer o Museu Da Casa de Anne Frank em Amsterdam, ótima resenha!
Att. Heitor Botti
shakedepalavras.blogspot.com